sábado, 6 de novembro de 2010

UM VIAJANTE

Quando caminhava por aquela estrada,
descobri a felicidade em cada passo,
os pássaros voavam em minha direção,
o Sol nascia em redenção!

Belos momentos,
dias com ventos,
de amor e paixão!

Cada flor,
Cada pedacinho do Eu,
cada pétala,
tocava em meu peito,
crescia ali um sossego!

Até que veio uma tempestade,
arrastou tudo,
Ficou o nada destruído!
O tempo nublado,
o espírito largado,
Entre o profano e o sagrado
sem entender o que era ser amado.

Via-se dor,
via-se o sangue em meu espelho,
ninguém me ouviu,
ninguém veio!

Um dia surge uma pequena luz,
um raio de SOl,
uma brecha de azul.

Sem forças para levantar,
segurei-me em um pedaço de madeira
ainda tonto
e fiquei em pé.

Aos poucos consegui,
segurava-me para não cair,
mas, não deixava de caminhar.

Encontrei um lago,
refletia ali o céu ainda um pouco nublado.
Levanto a cabeça,
vejo uma luz branca,
uma mão e um sorriso,
choro de dor,
por tanto tempo ter ficado só!

E essa solidão que me consumia,
e me tornava cada vez mais fraco!
Curou-se-me***
dando lugar para um novo mundo,
em que me surgi,
dando vazão a todos os melhores sentidos,
e recordando dos belos momentos vividos.

Nada mais me aprisionava,
Nada mais me fazia chorar,
A paz em mim eu havia conseguido encontrar!

Curei-me-nos!***



***(licença poética)

Leandro Martinho

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